quarta-feira, 8 de maio de 2013
Deitado na estrada.
Ninguém sente mais nada,
Em qualquer noite, onde as pessoas passam,
Olhares se trocam, bocas se encontram,
Mas ninguém sente mais nada.
Onde a noite corre rápido,
Como os carros que vejo de relance,
Onde eu estava, não me recordo,
Tanto faz, não vou escrever um romance.
O suor rubro que corre de uma ferida,
É apenas uma nova expressão de cor,
Que congela a tranca da porta de saída.
Na madrugada fria, cinzenta e cheia de dor,
Mas ainda posso ficar deitado assim,
Acendo um cigarro, e sinto a camisa molhada,
Esse sangue é meu? eu vou morrer aqui?
Que seja, vou admirar a lua deitado nesta estrada.
Junior Lima
0 comentários:
Postar um comentário