domingo, 27 de novembro de 2011

Procela.


Somente a você, bendito e maldito céu,
Pesado e implacável, quase santo,
Que hoje me cobre com seu véu,
O qual esconde com chuva meu pranto.

Devo-lhe todas lágrimas que me fogem,
Sem pedirem qualquer permissão,
Incontroláveis, ao meu rosto vem, 
Sufocando e enjaulando meu coração.

Este choro, que com a chuva se mistura
Líquido fatal, que agora  me traz torpor 
São as vezes, apenas uma gota pura 
Constantemente, todo o alimento para dor.

E a tempestade que invade todo o meu ser,
Com minhas lágrimas e sangue retornarão,
Pois não mais deste mundo irei pertencer,
Nunca viverei assim, eterno escravo da solidão.


- Junior Lima


0 comentários:

Postar um comentário